terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Ahh, o tempo!


Aos poucos descubro que o tempo não é um, são dois ou quem sabe muito mais que isso. Digo que são dois, pois há um que nos faz senhor e outro que nos torna escravos. O tempo que nos prende é aquele que nos obriga a levantar às 6h da matina quando o despertador toca e o máximo que podemos é protelar o início da labuta com uma ou duas 'sonecas'. O tempo que nos escraviza é justamente aquele que aponta que nos atrasamos pela sétima vez para o trabalho e ainda nem é dia 15. Nos torna cativos, o tempo das horas-aula, das horas-trabalho, das horas-reunião, das horas-dinheiro. Já o tempo que nos faz senhor é aquele subjuga-se ao nosso prazer, aquele que não obedece hora-relógio, hora-ampulheta, hora-solar. Esse é o tempo que dura a eternidade de um beijo, o para sempre de um olhar, a vida toda de um sorriso. É um tempo relativo que obedece ao bel-prazer daqueles que se descobrem senhores do tempo. Para os donos do tempo, tudo dá tempo em tempo. Pode-se supor que isso seja apenas questão de organização. Eu me atrevo a dizer ainda que há uma certa magia na cabeça e no coração desses que conseguem fazer das horas-compromissos, minutos, e das horas-paixões, a eternidade e mais 2 dias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário