sábado, 17 de maio de 2014

O pior que se pode ser...

As piores lágrimas são as que caem no chão. São aquelas que não tiveram uma mão para interrompê-las ainda na face ou que não acabaram por molhar os ombros de alguém, este chamado amigo. O pior suspiro é aquele se dá sem razão. Esse que não é motivado por saudade, tampouco por cansaço ao fim de um dia exaustivo. O pior olhar é aquele que não enxerga. Ele não se sensibiliza nem pela lua cheia, nem pela moça bonita. O pior abraço é aquele que não é forte. Desse que nem demonstra alegria na chegada ou mesmo a tentativa vã de evitar a partida. O pior sorriso é aquele que não se abre por completo. Esse que fica no meio termo entre a falsa felicidade e a verdadeira tristeza. A pior vida é aquela que não foi vivida. Nela as lágrimas caíram no chão, suspiro foi sem razão, o olhar que não viu, o abraço que foi frio, o sorriso que, enfim, sumiu...

domingo, 13 de abril de 2014

Fb: o país das maravilhas!

Em tempo de história contemporrânea, às favas com os contos de fadas! Um dia desses qualquer, banal mesmo, me contaram sobre um casal que havia rompido. Bem, até aí nada de mais, o dia continuava bastante comum. Porém, percebi que esse mesmo casal (agora duas pessoas bem distintas e que sequer se falam) haviam jurado amor eterno e postado fotos apaixonadas em todas as redes socias possíveis e imagináveis. Citaram desde de shakespeare a legião urbana. Embora na vida real o namoro deles estivesse mais pra Lord Byron. Agora, vcs me perguntam (ou não perguntam, já que pode ser que ngm leia esse texto): o que esse casal tem haver com aquele rapaz que tira foto com seu samsung S4, óculos ray-ban de lente azul, blusa da Hollister e tênis nike air, mas que na vida real 'tá vendendo o almoço pra pagar a janta'? 'É elementar, meu caro Watson'... As duas situações são apenas exemplos dentre os tantos que vemos nas redes sociais. As pessoas vivem de aparência, pois no virtual tudo é lindo, 'a bed of roses', só alegria, minha gente. Tanta felicidade faz aflorar minha falta de paciência pra tanta futilidade, superficialidade e hipocrisia. Mas quem sabe seja só mesquinharia e inveja (ebaaa! ganhei beijinho no ombro), porque quando caem os castelos de areia desses contos de fada virtuais, o diabinho que habita em mim sorri sarcástico e diz: "Hehehe...eu já sabia!"

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Ahh, o tempo!


Aos poucos descubro que o tempo não é um, são dois ou quem sabe muito mais que isso. Digo que são dois, pois há um que nos faz senhor e outro que nos torna escravos. O tempo que nos prende é aquele que nos obriga a levantar às 6h da matina quando o despertador toca e o máximo que podemos é protelar o início da labuta com uma ou duas 'sonecas'. O tempo que nos escraviza é justamente aquele que aponta que nos atrasamos pela sétima vez para o trabalho e ainda nem é dia 15. Nos torna cativos, o tempo das horas-aula, das horas-trabalho, das horas-reunião, das horas-dinheiro. Já o tempo que nos faz senhor é aquele subjuga-se ao nosso prazer, aquele que não obedece hora-relógio, hora-ampulheta, hora-solar. Esse é o tempo que dura a eternidade de um beijo, o para sempre de um olhar, a vida toda de um sorriso. É um tempo relativo que obedece ao bel-prazer daqueles que se descobrem senhores do tempo. Para os donos do tempo, tudo dá tempo em tempo. Pode-se supor que isso seja apenas questão de organização. Eu me atrevo a dizer ainda que há uma certa magia na cabeça e no coração desses que conseguem fazer das horas-compromissos, minutos, e das horas-paixões, a eternidade e mais 2 dias.