quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Nossos olhos se esbarraram... Não foi um encontro sutil, foi um tombada forte e distraída. Nenhum de nós esperava, o máximo que podemos confessar é que sonhávamos com isso mesmo saber. Cada passo que demos na vida nos guiou, puxou-nos pela mão e empurrou nossos olhares um ao encontro do outro. Um tropeço ao acaso que permitiu que os brilhos se tocassem, se unissem para iluminar o caminho que estávamos prestes a seguir. Seguimos no passado, seguimos no presente e, quem sabe, seguiremos no futuro. Não faremos planos, pois foi justamente nossos planos fracassados que permitiram o encontro de olhares, a união de almas. Se foi bom até aqui? Pergunte aos meus olhos e eles lhe gritarão com o mais aberto e sincero sorriso: "SIM!". Valeu cada momento, cada risada, cada saudade, todos os segredos que são só nossos. Ao seu lado meus olhos se afeiçoaram ao brilho e meus lábios ao sorrisos largos. Enfim, me acostumei com a felicidade. Quero ela pra mim, pra vc, pra sempre. Não sei o que o futuro reserva para nossos olhos, nem mesmo se veremos sempre os mesmos horizontes. O que sei por hora é que quando te vejo, me alegro, me conforto, me vicio. Por hora, sei que TE AMO...
Toca o despertador e eu o coloco na soneca pela 4ª vez. Levanto-me ainda sonolenta e assim permaneço até por volta das 11hrs. Sorrio para alguns conhecidos, pergunto se estão bem, balbucio um bom dia por onde passo. Passo pelas pessoas e elas por mim. Passos apressados, me atrasei pela 3ª vez essa semana e hoje ainda é segunda-feira. A felicidade da expectativa por ser sexta-feira passou milhares de vezes mais rápido do que a ressaca do happy hour. Vão se embora os companheiros de sábado a noite, os programas sensacionalistas de domingo a tarde, a pizza em família na noite dominical. Eis-nos aqui, ò cruel e inevitável segunda-feira! Cumpri minhas funções matinais, bati o ponto vespertino e agora apenas caminho ansiosa e preguiçosamente para casa. Em nada difere da rotina de outras segundas, eu até cantarolo meu mantra para dias assim "Hoje eu só quero que o dia termine bem...". Tudo prometia terminar no mesmo lugar comum, mas eu me arrisco a olhar o céu. E lá de cima um brilho me envolve, me aconchega, me ilumina. Me arrebata, me conquista, me toca. Toque suave de quem sabe ser delicado, de quem sempre esteve ali, mas não impõe sua presença. Me toca o coração, a alma, o espírito. Faz daquele instante, infinito. Percebo que valeu ter esperado... O luar me beija com carinho e hoje tenho certeza de que o dia termina bem...

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O Eterno

O eterno vai além do quanto dura. É bem mais do que o tempo pode definir. Limitar o eterno a uma medida temporal é subestimá-lo, reduzi-lo a uma pequenez vergonhosa. Escritores são eternos até quando houver um leitor que se dispuser ao deleite da leitura de um livro empoeirado, de páginas amarelas e esquecido na prateleira já empenada da velha estante. Músicos são eternos até quando sua música for ouvida, ainda que em um 'radin de pilha' lá no tanque de Dona Eulália, moradora da zona rural de Santo Antônio do Ibieté. Pessoas comuns serão eternas enquanto houver quem se lembre delas com carinho, com ódio, com piedade, com amargura. Mas que Deus as livre da indiferença, somente a falta de lembrança pode nos roubar o 'para sempre'. Tudo isso foi pra dizer que o amor é mais eterno do que o tempo que dura. Ele será eterno pelo tempo em que povoar as lembranças evocadas pelas fotos, pelos lugares, pelas pessoas, pelos sorrisos, pelo passado, pelo presente, pelos presentes. Lembrar é tornar eterno, somente o esquecimento pode nos roubar a eternidade.  

domingo, 10 de novembro de 2013

Fantasmas

Não, eu não vou falar sobre nenhum filme trash protagonizado pelo Zé do Caixão em um cemitério á meia-noite, com donzelas histéricas correndo a gritar. Os fantasmas aos quais me refiro são bem mais assustadores do que esses que se cobre com lençol e saem do armário (literalmente ou não) no Halloween. São nossos fantasmas particulares, aqueles que crescem com a gente, nos acompanham desde que nos lembramos ou, pior, aqueles que sempre estiveram ali e nós nem sabíamos.

Há algum tempo eu percebi que toda situação e toda pessoa que passa por nós deixa uma espécie de fingerprint, umas mais outras menos evidentes. O curso de sua vida pode ser total ou minimanente mudado por uma decisão que vc toma ou resolve delegar a outrem. E até aqui, para aqueles que negaram o ímpeto de mudar de página, vc não deve estar entendendo o que é que fantasmas têm a ver com curso de vida e impressões digitais... Eu explico(ou tento!)

Fantasmas nada mais são do que traumas, que nada mais são do que o resultado das impressões que foram deixadas em sua personalidade, alma, espírito, espectro imaterial que é parte inerente da vivência humana (issâe eu inventei...rsrs). Como consequência, eles podem e mudam a sua vida. Praticamente falando, são essas mudanças causadas pelas marcas feitas pelos fantasmas que determinam se você vai voar ou cair qnd te empurram de um penhasco.

Enquanto os fantasmas adormecem, você tem a falsa impressão de felicidade, realização e sucesso pessoal, profissional, virtual, afetivo, sexual, transcendental, natalino. Porém depois dessa fase de acalmia, também chamada de assintomática ou oligossintomática no meio médico (leia-se mercenário, frustado, achincalhado pelo governo populista e corrupto, apedrejado pela sociedade e ainda assim esperançoso e crente de que, como bem canta Martinho, a vida vai melhorar) os fantasmas surgem e prepare-se because the winter is coming!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Enfim, só restou a ela a opção de se reinventar. Recolher os pedaços de seus sonhos, de seu coração de sua vida. No início foi sofrido, doeu quando viu desabar todas as verdades nas quais ela cria como dogmas. Ela negou, revoltou-se, deprimiu e aceitou que nada mais havia para salvar. Depois de tudo ela pode perceber que os mais belos mosaicos são feitos das menores peças, aquelas que se partem nos menores pedacinhos!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Querer, poder e alcançar!

Dessa vez fomos longe demais! Quisemos muita felicidade, mais até do que podíamos pensar. Ousamos batalhar por ela e muito além dela. Nos comprometemos sem garantias, acreditamos que só ser feliz não bastaria. Desejamos o êxtase, a 'psicodelia' do prazer pra sempre, quisemos transcender o instante. A perpetuação do momento em um constante estado de espírito. Sorrisos, olhares, luscos fuscos. Furta cor, rouba amor, mata a dor, no fim sem temor. Quisemos muita felicidade, fomos longe demais e hoje temos muito mais do que quisemos!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Sabe essa história de que de longe todo mundo é normal? Isso é meia verdade ou, quem sabe, uma mentira e meia! A verdade é que olhados de longe somos um bando de robôs. Isso mesmo, máquinas sutilmente(ou nem tanto) programadas para sentir, pensar e falar as mesmas coisas. São bombardeios de modas, tendências, "febres", "ondas" que nos levam ao mesmo mar insosso onde é proibido o nado livre. Somos iguais até na mania de ser diferente. Enquanto isso na nossa internet de cada dia brotam aos montes contestadores do sistema, que no fim não passam de meros intelectualoides de barbas descuidadas, cabelos desgranhados e unhas por fazer que se acham diferentes pelo simples fato de, como outros mil, julgarem lugares-comuns. A diferença é muito mais do que uma aparência, é mais ainda que gritar na rua que não se sujeita a imposições sociais. Ser diferente deveria ser normal pelo simples fato de que nos foi dada uma cabeça, que na melhor das hipóteses é pensante, e nos permite perceber que mais importante do que berrar declaradamente contra o sistema, é agir controladamente pelos seus próprios ideais.
 

sábado, 26 de janeiro de 2013

Viva os (bons) frutos da (não) unanimidade!

Nunca fui unanimidade. Na verdade, o fato de eu não o ser deve ser o único ponto em que todas as pessoas concordam. Nem cheguei perto de ser aquela criança linda, fofa, que adora 'chuquinha' e é a preferida das titias. Não fui a mais popular da escola, menos ainda dos garotos. Estive longe de integrar ou ser líder do clube das luluzinhas. Desconheço uma ocasião em que fui o assunto principal da roda ou a pessoa que por belos e estonteantes motivos tirou a fala de alguém. Apesar de eu sempre negar veementemente querer personificar exatamente a descrição acima, lá no fundo esse era meu maior desejo. Por fim, resolvi realizá-lo, pois afinal pra quê mais servem os desejos? O resultado só não foi mais catastrófico porque não houve resultado algum! Meus planos foram frutrados e pior, a minha falta de unanimidade tornou-se ainda mais unânime. E para que não sigam meus passos ficam as dicas: não forcem sorrisos, não insistam em conversas sem sentido, não implorem por atenção, não mostrem-se tão prontamente disponíveis e aprendam que gentileza tem limite. 
Entretanto, percebo que minha jornada não foi de toda vã. Partindo do princípio que eu não gosto de tooodo mundo(aliás nem perto disso...) seria hipocrisia querer que todos gostassem de mim. E por fim, esse meu jeito obtuso acaba por atrair outros que também se propõem a nadar contra a corrente. E a esses eu os chamo amigos verdadeiros, para os quais ofereço meu riso mais sincero e até mesmo meu choro mais doído! 
E agora penso que ser tão unânime não seja tão bom assim e se foi meu jeito diferente de ser que me trouxe até aqui, então só me resta propor um grande SALVE às diferentes opiniões, crenças e personalidades!

sábado, 5 de janeiro de 2013

Novo ano, novas promessas?

E mais uma ano se inicia e com ele a promessa de novas promessas. Mas meu desejo de um ano novo que realmente se renove e me renove vem com a promessa principal de que não farei promessas. É isso mesmo, sem promessas as quais até hoje só me aproximaram do sentimento de fracasso. Isso porque eu não emagreci, não comecei as várias dietas de segunda-feira, não estudei mais, não fiz as visitas que queria, não plantei uma árvore, não li os livros que pretendia, não perdoei erros antigos(nem meus, nem de outrem), não fui mais obediente, enfim tudo aquilo que venho prometendo desde que aprendi a conjugar o verbo 'prometer', falhou...ou quase tudo. Há apenas um compromisso que renovo todos os anos e com o qual tenho obrigação, dever inadiável de por em prática. Com ele não posso falhar e quando me comprometo a SER FELIZ é pra valer e se para que eu consiga meu objetivo eu tenha que comer brigadeiro de panela, burlar algumas regras, nadar contra a corrente, então tudo bem! Que venha 2013 e com ele a possível realização de promessas e muuuita felicidade!!!