segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nós, meros mortais podemos até não ser celebridades ou famosos, porém com certeza somos artistas. Quando se perde a liberdade e autenticidade que um dia puderam ser símbolos da infância, passamos a atuar. Atuamos por medo de sermos nós mesmos e por tal não sermos aceitos. Igualamo-nos a atores experientes na arte de fingir. Mentimos para conquistar amores, para alcançar promoções. Sufocamos emoções, saímos de nós para encarnar personagens. Utilizamos máscaras, acessórios e tudo mais que ajude desempenhar bem o papel que nos é destinado. Interpretamos tanto que, como os personagens de Machado de Assis, terminamos por incorporar o que outrora fingimos ser e fazemos com o que o original em nós passe a ser errado. É como se o autêntico se tornasse proibido e perigoso. Faço minhas as palavras de Mercedes, protagonista de Divã:"O que calo é o que é verdade."

Um comentário:

  1. a gente acostuma tanto a atuar, que as vezes até esquecemos quem somos de verdade :/
    dizer que um texto seu é bom é redundância :D

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