quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Onde Encontrar a Felicidade

Quis saber onde encontrar a felicidade. Foi uma busca obstinada, louca, desvairada. Tentei encontrá-la nos outros. Tentei enxergá-la, mas nos olhares onde procurei já não havia brilho. Busquei o som de sua voz, de sua gargalhada, porém me deparei com risos forçados e hipocrisia. Pensei que pudesse estar em beijo e abraços de amigos e amores. Mais uma vez me enganei. Disseram-me para procurar entre as flores do campo e os pássaros. Sentei, esperei e o passarinho verde não veio. Também não estava na riqueza.
Desisti. Já havia me convencido que essa tal de felicidade só podia ser utopia, coisa de poeta romântico ou árcade.
Abri a porta de casa e parei na escadinha. Ao longe vinha uma moça. Não era bela em demasia, vestia-se com beleza e simplicidade. Trazia no canto da boca um sorriso de satisfação e diamantes nos olhos. Aproximou-se de mim e perguntou o que eu procurava. Eu disse que minha busca era fantasiosa. Ela pediu que eu me sentasse. Começou a me falar sobre sua vida. Contou-me que andou por lugares onde poucos se atreveram a chegar. Passou pela África, andou com aquelas pessoas pobres, mal nutridas e barrigudas, que teimavam em não perder a esperança. Foi também ao Oriente Médio e viu de perto a guerra e a batalha do povo que não entendia o porque de tanta barbaridade, mas persistia sorrindo. Me disse que não se sentia muito bem em rodas de alta sociedade, lá era sufocada. Não estava presente em todos os olhares, tampouco em sorrisos que escondem tristeza. Talvez em um livro ou outro e também na natureza.
Quando terminou e já ia se levantar foi que percebi com quem eu conversava. Entendi que Ela não era utópica, nem coisa só de romance. Gritei que sabia de quem se tratava. Então a Felicidade aproximou-se de mim e falou que eu não precisava me preocupar tanto, pois Ela sempre me encontraria, bastava eu olhar para dentro de mim.




terça-feira, 23 de agosto de 2011

Eu sempre quero mais que ontem!

Não me acusem de insatisfação, pois o que me move é outro sentimento. São muitos os meus sonhos e curto mais a busca do que a realização deles. Procuro sempre um novo desejo e as vezes desejá-lo é tão bom quanto tê-lo.
Luto por meus sonhos, mas batalho mais ainda para nunca deixar de sonhar! E que não venha o dia em que meus olhos fiquem sem brilho por falta do que 'querer'!

" Ah... bruta flor do querer...ah bruta flor, bruta flor!"

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Quando é que você sabe?

Bem, há literaturas que citam borboletas na barriga, pernas trêmulas, riso incontrolável, perda de noção das palavras, falta de ar... Porém tudo isso pode ser apenas efeito da inalação de gás hilariante(rsrs).

Não existem receitas normalizadas pra se definir apaixonado. Portanto não adianta ater-se a elas. E não se preocupe, a gente sempre sabe quando alguém 'bate ao coração', pois por mais que seja sentimento(entenda-se logo por algo irracional, sem lógica) é a cabeça que  martela o dia inteiro. 

Começa de forma tímida, sem promessas ou possibilidades de futuro. Toma conta do peito e atinge todo o corpo. E se pensar que ficou doido, então pronto! É aí que você sabe!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Regra ou Exceção?

Vivemos no mundo dos modismos, o que significa que comportamentos tendem a virar padrão, regra. Porém segui-los pode não ser uma boa escolha.

Hoje a regra é ser magra, não importa se para isso tenha que enfiar o dedo na garganta. A regra é ser bonita, mesmo que para tal tenha-se que pedir cirugias plásticas como presente de 15 anos. É regra usar acessórios de marca, atolar-se em dívidas é apenas um detalhe. Regra é seguir uma carreira que lhe dê dinheiro imediato, a felicidade e o prazer podem ser a longo prazo. Até o preconceito velado virou regra, 'eu aceito homossexuais desde de que beem longe de mim'. Manter as aparências também é regra, rasgue-se por dentro, mas nunca se esqueça de sorrir.

O fato é que as regras existem. E como diriam os rebeldes estão aí para serem quebradas. Então a escolha é sua: quer ser regra ou exceção?

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Pessoas não se resumem a adjetivos. Elas são mais que simplesmente 'gordas', 'baixinhas' ou 'narigudas'. O que vejo hoje é gente sendo tratada como pedaços de carne em açougue. Expostas em uma vitrine que mostra apenas o meramente superficial. Como já disse antes, só se vê o que salta aos olhos e não o que toca o coração. Falamos de forma pejorativa como se não houvesse sentimentos. Será que os belos são melhores? Merecem mais nosso respeito e atenção?

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nós, meros mortais podemos até não ser celebridades ou famosos, porém com certeza somos artistas. Quando se perde a liberdade e autenticidade que um dia puderam ser símbolos da infância, passamos a atuar. Atuamos por medo de sermos nós mesmos e por tal não sermos aceitos. Igualamo-nos a atores experientes na arte de fingir. Mentimos para conquistar amores, para alcançar promoções. Sufocamos emoções, saímos de nós para encarnar personagens. Utilizamos máscaras, acessórios e tudo mais que ajude desempenhar bem o papel que nos é destinado. Interpretamos tanto que, como os personagens de Machado de Assis, terminamos por incorporar o que outrora fingimos ser e fazemos com o que o original em nós passe a ser errado. É como se o autêntico se tornasse proibido e perigoso. Faço minhas as palavras de Mercedes, protagonista de Divã:"O que calo é o que é verdade."