domingo, 29 de agosto de 2010
Bela Horrível III
A ideia dos filhos realmente me abominava, mas era eles ou nada. Acabei cedendo, não sem antes estabelecer algumas condições. Ele deveria me pagar quantas lipos eu precisasse ou quisesse, Ele teria que encontrar alguém para amamentar a criança (peito que criança mama, nem silicone dá jeito!) e de forma alguma eu abriria dos meus eventos sociais, tampouco acordaria a noite para atender choro de bebê. Ele concordou com tudo.
Enfim, engravidei e depois de terríveis 9 meses minha filha nasceu. Foi uma experiencia única e eu adorei. Principalmente quando tantos famosos iam me visitar, levavam presentes e ainda pude sair em várias capas. Não digo que minha filha era de todo feia, até que crescia bem bonita, porém eu sempre exigia mais. Confesso que nunca olhei se Ela havia feito dever de casa, mas era imperdoavel que Ela saíssem sem ao menos um pouco de maquiagem. Eu a atormentava para que ela se produzisse mais, emagrecesse por mais magra que estivesse.
Meu casamento, que já não andava ás mil maravilhas, desandou de vez. Ele me acusava de não cuidar da sua filhinha, de só pensar em futilidades e de não amá-lo como Ele merecia. Eu retruquei que se a filha dele era uma fraca a culpa era dele, que beleza, compras e fama são mais que essenciais e que se Ele não era capaz de atrair uma mulher, o problema era dele. Nos separamos. A filha ficaria comigo e uma boa pensão também.
A separação me rejuvenesceu. Tive vários amantes, viajei pelos maiores pólos da moda, sentei nas primeiras filas. Um inesperado dia, quando fiz uma escala em casa, uma moça que se dizia minha filha, então com 16 anos, o corpo todo desenhado e furado me conta que estava grávida. Eu a olhei de cima a baixo, disse que engravidar de gente pobre é totalmente démodé e a expulsei de casa. Eu só não contava que junto com Ela iria também a boa pensão.
CONTINUA...
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